Conto erótico: Uma voz familiar me chamando

Bianca&Roberto

CAPÍTULO 1 – UM PRÍNCIPE ENCANTADO.

Me chamo Bianca (Bia) e tenho apenas 16 anos. Não me acho uma pessoa atraente, sou magrinha e baixinha demais para a minha idade. Tenho a pele clara, cabelo loiro natural e comprido, e a única coisa que acho bonito em mim são os meus olhos, por causa da sua cor indefinida. Eles têm uma tonalidade de castanho claro e, dependendo da luz, se você olhar bem de pertinho, dá para ver vários raios como os do sol dentro deles.

Acho que daí vem o meu outro apelido, raio de sol! — Rs. Minha mãe que me chamava assim. Acabei ficando órfã; perdi ela e meu pai em um acidente de carro, e eu estava com eles nesse dia. Infelizmente, só eu sobrevivi. Estávamos discutindo quando meu pai perdeu o controle do carro batendo contra um caminhão. Sinto-me tão culpada. Eu deveria ter morrido com eles naquele dia. Tenho certeza de que seria mais fácil pra mim. Depois do velório, acabei vindo morar no sítio dos meus avós maternos, uma propriedade rural que ficava próximo da cidade.

Meus avós se chamam Carlos e Helena. Apesar da idade avançada, eles são um casal de idosos carinhosos. Apesar de ser triste tudo o que aconteceu, a parte boa é que agora meus avós tinham ganhado a minha companhia, eu sinto que minha presença aqui traz conforto para eles.

Meus avós me acolheram, e eu tento retribuir o amor e cuidado deles ajudando a minha avó na cozinha, na limpeza da casa e do jardim, que estava abandonado desde a morte da mamãe. Passei até a levar café no curral para meu avô. Fazer nada disso me incomodava; meus avós se tornaram a minha única família, e o fato de ainda tê-los é o que ainda torna minha vida tolerável. 

Tento ser forte e ter coragem para enfrentar a vida e aceitar essa nova realidade, mas isso é tão difícil! Me pergunto se a vida estaria me testando, brincando com as minhas fraquezas e os meus medos. Será que tudo isso seria apenas um teste?

Estava tentando focar no meu presente e esquecer o passado, tentar pensar apenas no que tenho agora: o trabalho da fazenda, meus avós e o meu meio-irmão Roberto.

Meus avós não eram necessariamente a minha única família. Antes de meu pai se casar com minha mãe, ele já tinha um filho do casamento anterior, Roberto, mas eu só o chamo ele de Beto.

Beto é mais velho, tem 28 anos, é um moreno alto, forte, de cabelos escuros, seus cabelos negros ressaltam o tom escuro dos seus olhos. Eu acho isso particularmente tão bonito nele.

Quando Roberto veio morar com a gente, ele tinha apenas 12 anos, então ele esteve presente na minha vida desde sempre. Crescemos juntos. Eu e Beto sempre tivemos um bom relacionamento. Mesmo ele sendo bem diferente de mim, ele é alguém bem pé no chão, realista, e que não romantiza a vida, enquanto eu?

Sou uma grade sonhadora. — Rs.

Meu pai não pegava leve com ele, era rígido demais. Minha mãe que sempreeprotegia Beto quando estava por perto. Apesar disso, Beto se tornou um grande homem.

Só acho ele um grande mulherengo. Eu sei por alto que ele já teve muitas paqueras, mas nunca vi Beto namorar sério com ninguém, nunca mesmo, pelo menos ele nunca nos apresentou ninguém como namorada dele pra gente  e eu não sei porque.

Fazia parte da personalidade de Beto não conversar muito, ele só falava o necessário. Exceto comigo, em certos momentos ele se abria, e às vezes eu fazia algumas piadas bobas sempre tentando fazer ele sorrir. Realmente tínhamos uma boa relação. Estar com ele era algo bom.

Depois da morte dos meus pais, nossa relação mudou um pouco. Ficou diferente, notei que Beto começou a ser mais presente, mas não de uma forma boa, era quase como se ele quisesse controlar os meus passos, era difícil entender ele às vezes. 

No começo eu achei que ele estava apenas sendo protetor sabe?

Só que agora eu acho que tem algo a mais rolando.

Beto prometeu sobre o caixão dos meus pais que cuidaria de mim. Acho que ele se sentia em dívida com minha mãe, e agora queria retribuir fazendo o mesmo por mim. Se ele está assim, por causa dessa promessa boba, ele é um grande idiota.

Essa promessa que ele fez é desnecessária, eu sei me virar, Beto não precisa andar por ai todo preocupado comigo, se sentindo responsável por mim e agindo como se fosse meu pai.

Eu sentia que o Beto estava preso a mim. E para piorar, eu acabei não dizendo nada para ele sobre o que eu achava disso, não disse absolutamente nada!

Apenas deixei... deixei ele estar perto, deixei ele cuidar de mim, e no final sempre eu sempre acabava concordando e obedecendo o Beto.

Admito que lá no fundo eu me sinto bem sabendo que eu tinha mais alguém na minha vida além dos meus avós.

No início, pensei que ele tivesse dito isso da boca para fora, sabe? Não achei que iria durar, então deixei pra lá, achando que Beto iria embora logo após o velório, que ele fosse sei lá viver a vida dele, entende?

Porém, percebi que ele estava levando tudo isso a sério quando largou absolutamente tudo para vir ficar aqui na fazenda comigo. Ele fez isso só para ficar perto de mim, ele não precisava, mas fez. Eu escolhi ficar na fazenda, e ele veio também.

Eu nem sei dizer pra vocês exatamente o que meus avós achavam disso. Só que lá no fundo, algo me dizia, que isso os incomodavam, eles tratam o Beto de uma forma diferente, sequer eles deixaram ele ficar aqui em casa.

Beto passou a morar numa choupana velha que ficava afastada da casa principal. Em troca da moradia, meu meio-irmão ajudava na fazenda, com a lavoura, com a colheita, com os animais, com a manutenção que a fazenda requeria. Praticamente, ele se tornou o caseiro do vovô. Ele aceitava tudo pra ficar aqui, perto de mim. 

Eu ando um pouco preocupada com Beto. A vida dele tinha mudado assim como a minha. Ele andava sempre pensativo, preocupado sobre como seriam as coisas dali para frente. Ele não me dizia isso diretamente, claro! Mas nem precisava, estava estampado na cara dele, pelas olheiras que carregava embaixo dos seus olhos, que ele passava as noites em claro.

Não julgo Beto, nem sei o que faria no lugar dele, ficando sozinho no mundo com uma pré-adolescente. Mas enfim, o que posso afirmar sobre o meu meio-irmão é que eu admiro ele. Roberto é alguém forte, trabalhador e esforçado. Sei que meus pais se orgulhariam dele e estão aliviados seja onde eles estiverem por eu ter Beto e ele estar cuidando de mim.

Eu sei que comecei reclamando do cuidado dele comigo, mas no fim sei que tenho sorte por ter alguém como ele fazendo parte do meu mundo, da minha vida. No fundo, gosto dessa sensação de saber que não preciso ser forte o tempo todo porque Beto é, por nós dois. Então deixo essa parte difícil para ele. Me julguem, mas é muito bom ter alguém cuidando de você.

Desde que vim para a fazenda, eu comecei a sair para caminhar. Hoje, em particular, sentia que estava precisando exatamente disso! Tomar um pouco de ar.

Acabei saindo no final da tarde, depois de ter terminado de ajudar minha avó. Este sábado em especial está um dia lindo e ensolarado. Resolvi vestir uma roupa bem leve, short jeans, uma regatinha branca sem sutiã e um tênis nos pés e já estava pronta para caminhar.

Comecei indo em direção ao jardim da vovó. Passei por lá olhando as flores, e continuei caminhando em direção às árvores que ficavam atrás do jardim. Fui adentrando um pouco mais na floresta que ficava por ali, seguindo as árvores que eram grandes. Pensando em como elas eram tão altas caminhava olhando para cima e seguindo com meus olhos os seus galhos.

Quando parei mais a frente, percebi que estava em um lugar que ninguém costumava ir. Parecia quase um esconderijo intocado, com várias folhas no chão, um lugar tão aconchegante. Parecia uma redoma envolta de arvores. A sensação naquele local era de como se eu tivesse adentrado em um outro mundo, outro universo, ventava bastante de forma que os meus cabelos se debatiam contra o meu ombro.

Nesse dia em particular eu estava tão sensitiva.

Eu caminhava observando os raios de sol que passavam pelas frestas das árvores e tocavam a pele da minha bochecha. Os raios de sol me tocavam suavemente, quase como um carinho. Fechei os meus olhos, sentindo aquela luz sobre a minha pele que lentamente começava aquecer as minhas bochechas. Eu respirava fundo, abrindo os braços e rodopiando bem ali no meio da floresta.

Eu parecia uma louca! — rs.

(Risos).

Continuei andando pela floresta sonhando acordada e me distanciando um pouco de casa. Eu caminhava imaginando uma vida totalmente diferente para mim, uma em que meus pais ainda estariam vivos, um mundo perfeito.

Eu mereço viver uma vida feliz, com direito a tudo!  Quem sabe até vivenciar uma linda história de amor?

Me recuso a aceitar que a vida me reservou apenas isso aqui. Só morte, dor e sofrimento. Tenho certeza de que ainda tenho muita coisa para viver, experimentar e conhecer.

Comecei a pensar em como seria se eu tivesse um namorado com meus pais ainda vivos. Provavelmente, eu iria correndo apresentá-lo pra eles, esperando que eles aprovassem o meu príncipe encantado.

Quando digo príncipe, imagino um príncipe de verdade, sabe...? Desses do tipo dos contos de fadas, vestindo belos trajes e andando em um lindo cavalo branco...

(Risos).

Quando vi adiante eu vi uma linda árvore com o seu tronco caído sobre o chão. Eu corri até ela ainda sonhadora, e subi montando como se fosse o meu príncipe encantado em seu cavalo e comecei a imitar os galopes, eu fui cavalgando no tronco da árvore, fazendo aquele vai e vem.

Se meus pais não aceitassem nosso namoro, meu príncipe viria desesperadamente me buscar para fugirmos juntos. Nosso amor estaria em perigo, e o meu príncipe jamais aceitaria viver em um mundo em que eu não fosse sua princesa. Não restaria outra opção a não ser fugirmos juntos.

Quando o príncipe se aproximasse de mim ainda a galope, ele estenderia o braço, me agarraria pela cintura, me tirando do chão de uma vez, jogando-me sobre seu cavalo e me levando embora.

Enquanto galopávamos, eu imaginava como seria a sensação de estar junto com ele, sua mão firme sobre minha barriga, me segurando para que eu não caísse, me puxando ainda mais contra ele a cada trote. Eu imaginava suas mãos subindo até o meu rosto, virando-o em direção ao dele, até nossos olhos se encontrarem, revelando o seu olhar por mim totalmente apaixonado.

Meu príncipe observava como meus cabelos loiros reluziam ao sol igual a ouro e pensando sobre como eu era a sua maior riqueza. Tomado de amor, ele me beijaria delicadamente, como se os meus lábios fossem o maior tesouro que ele já tivesse encontrado.

Eu imaginava isso e continuava fazendo o vai e vem em cima do tronco. Com ele ainda entre minhas pernas, eu me esfregava cavalgando. Esses movimentos, junto com a imaginação daquele beijo, fez com que minhas bochechas formigassem, eu começava a corar. De repente, mesmo na sombra, eu sentia o clima ficando quente. O ar que eu respirava estava ficando mais pesado, e minha respiração aos poucos ia ficando ofegante.

Ainda pensando em como seria a sensação de ser beijada, eu deslizei o meu dedo indicador nos meus lábios. Sentindo a ponta dos meus dedos, eu imagino como seria bom ser beijada de verdade. Pressionei ainda mais os meus dedos contra os meus lábios, fechando os olhos, e imaginando que fosse os lábios do meu príncipe.

Eu me imaginava sendo arremessada contra o corpo do príncipe a cada galope, sentindo o calor do seu corpo atrás de mim enquanto ele ainda me segurava em seus braços.

Eu comecei a apertar minhas pernas ao redor do tronco, pressionando ele bem entre elas e fazendo um vai e vem mais forte, o tronco se encaixava perfeitamente entre minhas pernas, encostando perfeitamente contra a minha bucetinha, criando uma sensação tão gostosa.

Eu sentia algo tão gostoso acontecendo entre as minhas pernas, um desejo que só aumentava, eu continua me mexendo, movimentando o meu corpo pra frente e pra trás, e me perguntando o que era isso que eu estava sentindo?

Eu levei as mãos nos meus seios por cima da roupa e comecei a aperta-los de leve, sentindo os biquinhos dos meus seios começarem a ficar enrijecidos, eu estava tão excitada, que eles começaram a ficar durinhos e salientes fazendo aparecer o formato deles contra a minha blusa. Dava pra ver tão nitidamente o formato dos meus biquinhos sobre ela, que parecia até que minha blusa era transparente. 

A cada movimento que eu fazia de vai e vem, eu sentia o tecido da blusa subindo e descendo roçando na pontinha dos meus mamilos.

— Ahh. — eu gemia baixinho.

Isso era tão delicioso, eu comecei a me arrepiar e a sentir uma sensação diferente, era algo mais forte e intenso, uma sensação tão gostosa..., como se..., eu não sei descrever exatamente com palavras, eu apenas comecei a movimentar os meus quadris, cada vez mais rapido..., mais rapido..., me pressionando ainda mais contra aquele tronco, abrindo e fechando as minhas pernas ao redor dele, empinando bem a minha bundinha em um vai e vem, pra frente e pra trás, se esfregando nele sem parar, eu estava viciada em sentir aquela sensação que era tão gostosa, eu só queria continuar sentindo aquil,o, então continuava me roçando contra ele.

Conforme eu me esfregava no tronco o meu short ia se enfiando pra dentro de mim, ele ia adentrando o meu rego e na parte da frente também, ele tinha ficando bem apertadinho, e ia pressionando as minhas partes intimas, eu sentia a minha calcinha ficando melada, enquanto eu continuava rebolando e me esfregando sem parar, eu vibrava gemendo de prazer a cada movimento de vai e vem, eu estava em êxtase, e me contorcia em cima daquele tronco.

Eu fechei os meus olhos jogando minha cabeça pra trás, me concentrando nessa sensação, me entregando a ela, e sem parar eu continuava me roçando contra o troco. Eu estava adorando, não... eu estava amando essa descoberta. E a cada esfregada que eu dava, parecia que só ia ficando mais gostoso. 

Sentir a minha bucetinha se chocar contra aquele tronco duro e áspero a cada galope me fazia estremecer. Já ofegante e com a boca entreaberta, eu comecei a gemer baixinho.

— Hmmmmm...

— Ah! — Ahh...

Eu mordia os lábios, tentando segurar meus gemidos, tentando aguentar aquele prazer, mas não conseguia. Eu continuava me esfregando gemendo mais alto.

O que eu estava experimentando, sentada naquele tronco de olhos fechados, era indescritível. Essa era a melhor sensação que eu já havia sentido na vida! O que eu estava vivenciando ali ia além da minha imaginação, na verdade, era muito melhor!

Muito além do que eu poderia imaginar… 

Eu comecei a gemer cada vez mais alto. Meus gemidos não eram apenas de satisfação, mas sim de puro prazer.

— Ahh, Ahhh.

— Eu acho que eu vou..., — que..., — eu vou...

Eu já não aguentava mais, senti as minhas pernas começarem a se estremecer contra aquele tronco, quando de repente eu ouvi uma voz me chamando bem atrás de mim:

— Bia!

Era meu irmão mais velho. — Beto!

Fui trazida de volta à realidade na hora, sentindo um frio percorrer minha espinha. Estava coberta de vergonha, com borboletas no estômago que se debatiam nervosamente dentro de mim.

Eu estava ofegante, com as bochechas rosadas, um pouco suada. Alguns fios de cabelo haviam grudado na minha testa. Imediatamente passei a mão no rosto, tentando arrumar meus cabelos. Quando minha mão encostou na minha pele; Putz! Eu estava gelada.

Cheia de medo e receio, me perguntava há quanto tempo ele estava ali. — Será que ele viu algo? — Será que ele tinha acabado de chegar?

Na minha cabeça, estava bem óbvio o que eu estava fazendo. Se ele realmente viu, eu não teria nenhuma explicação.

 Como eu iria explicar? — É impossível explicar isso! — Minha única chance seria ele não ter me visto! — E agora? — O que eu faço?

A sensação que eu tinha era de alguém que foi pega em flagrante fazendo algo errado. Fiquei lá, sentada sobre aquele tronco, com medo de obter as respostas para minhas perguntas. Comecei a virar o pescoço lentamente para trás, tentando espiar por cima dos ombros o rosto do Beto. Quando nossos olhares se cruzaram, tentei decifrar sua expressão, procurando qualquer sinal de que ele havia visto algo.

— Hm... — Ele viu? — pensei. 

— Não..., acho que não..., ele não viu! — Chuto.

Eu não conseguia ter certeza. Não consegui ler absolutamente nada na face dele. Ele me olhava normalmente, o que me deixava ainda mais cheia de dúvidas.

Meu coração começou a palpitar, parecia que iria sair pela minha boca. Meu coração me espancava brutalmente enquanto nos olhávamos.

Eu escutava ele dentro do meu peito.

— TUM, — TUM!

Esse momento era tão desconcertante, que agonia!

Respirei fundo, falando comigo mesma: calma, Bia... Fechei os olhos, respirando fundo. Quando abri os olhos, meu olhar desceu dos olhos de Beto para sua boca. Seus lábios eram tão carnudos, e pensei em como nunca havia reparado nisso antes. Não conseguia desviar o olhar dos lábios dele. Sem perceber, estava fitando descaradamente os lábios dele.

Mordi os lábios timidamente, tentando silenciar meus pensamentos, o que foi em vão. Fiquei imaginando como seria ser beijada, qual seria o gosto de um beijo... o sabor do beijo de B...

— O que há de errado comigo hoje? — Perdi totalmente o controle dos meus pensamentos. Como assim eu estava pensando em beijar meu meio-irmão?

O silêncio era enorme. Eu precisava falar algo. Tinha que disfarçar. Então pulei de uma vez, descendo do tronco e quebrando o silêncio.

— Ah, — Oi, Beto! — Não tinha te visto — disse com uma voz rouca.

Sem coragem de olhar nos olhos dele, fiquei olhando o chão abaixo dos meus pés.

Beto havia notado minha ausência naquela tarde quando ele tinha terminado de ajudar o meu avô. Roberto resolveu vir me ver, mas não conseguiu me encontrar. Perguntou à minha vó se ela sabia onde eu estava, mas ela apenas disse:

— Talvez ela esteja por “aí brincando” — falou ela.

De fato, isso era uma possibilidade. Ele começou a me procurar pelas proximidades da casa, mas não me encontrou. Ficou preocupado, e começou a sentir um aperto no peito, aflito pensando que algo de ruim poderia ter acontecido.

Beto lembrou-se de me ver algumas vezes por ali próximo ao jardim e correu até lá para me procurar. Quando chegou de um certo ponto do jardim, mesmo distante, acabou me vendo lá dentro da floresta e imediatamente respirou aliviado, sabendo que eu estava bem.

Desde o acidente, ele gostava que ficássemos sempre perto um do outro, mantendo-me em seu campo de visão, sabendo sempre onde eu estava. O fato de não me encontrar, mesmo que por um segundo, fazia seu peito doer. Ele não respirava; eu havia me tornado o ar dele, Beto vivia por mim.

No fim, ele precisava de mim mais do que eu precisava dele. Sua felicidade estava associada a mim. Se eu não estivesse por perto, causava-lhe sentimentos de preocupação. Ele jurou que cuidaria de mim, e se algo acontecesse comigo, seria culpa dele.

Se pararmos para pensar bem, meu meio-irmão Beto não tinha mais ninguém além de mim. Eu ainda tinha meus avós, mas Beto? Ele não tinha ninguém. O fato de não me encontrar fazia ele lembrar disso. Ele não estava pronto para perder mais nada em sua vida.

Aliviado quando me encontrou, Beto começou a andar devagar em minha direção se aproximando me vendo sentada sobre aquele tronco de árvore sozinha, até que ele notou que eu estava distraída e vivendo “estranhamente” um momento de excitação, de descoberta ou talvez apenas um momento de carência.

Ele não sabia dizer ao certo, mas também não conseguia parar de olhar. Calado, ele ficou lá, apenas me observando, inicialmente por graça, achando tudo aquilo muito engraçado.

Beto observava atentamente a expressão de satisfação que eu tinha no rosto, enquanto eu ia suspirando com a boca entreaberta, soltando pequenos gemidos que eram quase indecifráveis, mas o tom dos gemidos que saíam de mim eram de puro prazer. Meus gemidos expressavam a empolgação que eu estava sentindo naquele momento em me esfregar naquele tronco.

O eco dos meus gemidos alcançaram os ouvidos de Beto. Meus gemidos soavam para ele como uma melodia sensual, algo totalmente excitante. Naquele instante, Beto passou a gostar do que via e ouvia, observando em como meu corpo se movia livremente em cima do tronco com tanta intensidade.

Beto viu os bicos dos meus seios ficarem salientes e ir aparecendo contra a minha blusa. Eu estava em puro frenesi, de olhos fechados, enquanto Beto de olhos abertos entendia perfeitamente o que eu estava fazendo naquele momento. Ele começou a ficar encantado ao me ver brincando daquele jeito, sentindo prazer.

Beto foi se envolvendo e ficando deslumbrado em me observar, mas essa sensação não durou muito. Ele logo começou a se perguntar:

— Isso é tortura ou prazer?

Para ele, estava sendo os dois. Ouvir meus gemidos era para ele o seu céu e o seu inferno! Ele havia ficado excitado com o som dos meus gemidos.

Minha voz ressoava em sua mente, o deixando totalmente perturbado. O fato de me ver sentindo prazer violava e profanava os sentimentos dele por mim. O que ele sentia era algo verdadeiro, puro, realmente apenas amor de irmão, mas isso o forçou a me ver de uma forma diferente.

Eu havia despertado em Beto um desejo que ele nunca havia sonhado antes. Ele começou a ficar inquieto, quando percebeu que ansiava me tocar. Foi naquele momento que nasceu dentro de Beto um desejo proibido.

Dois meios-irmãos ficando juntos? Dando prazer um ao outro? Já pensou que absurdo seria isso?

Os pensamento dele viajavam por caminhos perigosos, vagavam entre o pecado e prazer. Beto me desejava naquele momento mesmo sabendo que esse sentimento era errado.

Eu tinha se tornado dona do desejo que estava nascendo dentro dele, um desejo que começou a brincar com o subconsciente de Beto. Ele começava se perguntar como seria bom estar no lugar daquele tronco, sentir meu corpo se esfregando sobre o dele daquela forma.

— Ah...! — Quanta inveja. — De um pedaço de madeira. — pensou ele.

Beto respirou fundo, sentindo o volume crescer dentro da sua roupa. Seus pensamentos tinham feito o seu sangue ferver e as suas veias latejarem.

Eu estava distraída, brincando e me esfregando no tronco incansavelmente, bem à vontade. Quando Beto notou que eu estava sentindo algo diferente pelos sons dos meus gemidos que iam ficando cada vez mais altos.

— Será possível que ela estava gozando? — Ela iria gozar ali assim? — se perguntava Beto.

Ele me desejava, e eu estava bem ali, na frente dele. Eu era algo tão perto, e ao mesmo tempo tão distante...

Beto sabia que era proibido, que a gente seria algo inalcançável. Ele não queria sentir isso, ele sabia que não devia, que não podia.

— Mas adiantava ele pensar nisso? 

Ele já estava tomado pelo desejo. Ele estava sentindo tudo isso, quisesse ele ou não!

Não havia nada naquela momento que pudesse impedir Beto de sentir dessa forma. Simplesmente aconteceu. Ele pensava em se aproximar de mim, e se render ao pecado que seria me amar bem ali. Beto me ansiava mais que tudo, queria me tocar, me beijar, me pegar em seu colo.

Desnorteado e guiado pelos meus gemidos, Beto começou a se aproximar de mim com um único pensamento: me tocar. Me ver assim, vulnerável, exposta, gemendo de tanto tesão atiçava todos os sentidos dele.

Meus gemidos arrancavam ele de onde estava. Beto se movia em minha direção, sentindo a necessidade de estar comigo, de participar dos meus devaneios, da minha fantasia. Queria satisfazer meu desejo; me fazer sentir o prazer que eu merecia, ele vinha até mim, sem saber se teria a mesma reciprocidade. Ele estava totalmente enfeitiçado pelos sons dos meus gemidos.

A cada passo que ele dava em minha direção, sentia a sede de desejo dentro dele aumentar. Ele sentia seu coração palpitar, junto com o desejo de me possuir, como uma vontade avassaladora e descontrolada igual a uma louca paixão.

Eu havia entrado na mente e na alma do Beto sem querer, sem pedir licença, sem aviso nenhum e sem intenção alguma. Eu nem sabia que ele estava ali. Por causa desse acaso, todo o corpo dele ansiava por mim.

Ele sentia tanta adrenalina naquele momento que conforme avançava em minha direção, o seu volume criava vida, pulsando junto ao som dos meus gemidos.

Beto pensava em como seria gostoso sentir essa minha explosão de prazer, de poder me fazer gozar. Pensar nisso só o excitou ainda mais!

A intensidade dos meus gemidos e a expectativa do meu gozo que estava por vir faziam suas veias dele pulsarem rapidamente. Vendo os meus movimentos cada vez mais rápidos e com ele cada vez mais perto de mim, sem pensar direito, no calor do momento, ele acabou falando meu nome.

— Bia!

Quando olhei para ele, meu olhar o paralisou. Ele viu que tinha me assustado. Imediatamente, Beto caiu em si, pensando que tamanha ousadia poderia ser mal interpretada. Beto não era louco, nem perverso, mas meus gemidos haviam o seduzido, levando à necessidade de querer me tocar com carinho, com desejo, com tamanho tesão.

Ele percebeu que me deixou constrangida quando resolveu se aproximar e me abordar.

— O que está fazendo sozinha aqui, Bia? — Já não falei que você tem que avisar a mim ou seus avós quando se afastar assim do sítio? — Eu fiquei preocupado, estava pensando na vida, é? — disse ele agindo naturalmente.

— Ah, sim... você está certo, eu devo sempre avisar mesmo, desculpe. — Acabei me distraindo... — falei.

 — Ainda com saudades deles? — perguntou Beto, sem se esquecer do que ele tinha acabado de ver.

— Você sabe como é meu irmão, eu nunca me esqueço deles! — disse triste.

Eu corri até ele abraçando o Beto. Eu sou tão baixinha que nem dava na altura dos ombros dele.

— Eu sou feliz por ter você Beto. — Obrigada por se preocupa comigo. — falei com os olhos cheios de lágrimas.

(Ele me abraça de volta longo e apertado)

Beto percebeu a minha tristeza pela falta que eu ainda sentia deles, mas não pode deixar de reparar no meu pequeno par de seios que estavam durinhos se pressionando contra ele, meus seios salientes entregavam o que eu estava fazendo a alguns minutos atrás.

Beto corresponde ao meu abraço, dando um beijinho em minha testa e afagando seu rosto.

— Eu sei, Bia! Não é fácil pra mim também! Mas eles não estão mais aqui e a nossa vida tem que continuar! — Também gosto de ficar sozinho às vezes, pra pensar, mas a gente tem que ser forte! — Vem, senta aqui no meu colo, faz tempo que a gente não conversa, eu já terminei o que tinha pra fazer hoje, podemos conversar um pouquinho, o que acha? — diz ele, relaxando os braços e se sentando ali naquele mesmo tronco em que eu estava "brincando".

— Está tudo bem? — perguntou ele.

— Sim, tudo. — falo com uma voz trêmula, me encostando em seu colo.

Beto havia notado minha timidez e minhas bochechas coradas; ele havia puxado a conversa sobre os meus pais apenas para não me constranger ainda mais.

— Mas e então, Bia! Sei que estava aqui pensando em nossos pais, mas não acredito que seja apenas isso! Tem algo que você queira me contar? — me perguntou ele, envolvendo seus braços em volta da minha cintura, me abraçando por trás de uma maneira carinhosa.

Eu comecei a corar ainda mais, sentindo o calor do seu abraço.

— Não, por nada, apenas gosto da natureza... — menti.

— E você estava me procurando por algum motivo? Aconteceu algo? — perguntei tentando desconversar.

— Me preocupo com você, principalmente depois da morte do nosso pai e da sua mãe, você sabe disso — respondeu ele.

Eu sei, disse me abaixando para pegar algo que brilhava no chão. Era uma pedra; involuntariamente ao me abaixar, acabei empinando a minha bunda bem na cara de Beto que fechou os olhos por alguns segundos, evitando me olhar, mas que lhe veio à mente a cena em que eu estava me esfregando no tronco.

Quando sentei de volta no colo de Beto, ele novamente envolveu suas mãos na minha cintura. Mas, dessa vez eu sentia o volume de Beto contra as minhas nádegas. Sua excitação era evidente.

— Como eu queria que as coisas fossem diferentes. Que eles ainda estivessem aqui conosco.— Eu sou tão grato por não ter perdido você também Bia — disse ele me abraçando ainda mais forte.

— Bia, seja sincera comigo! — Me conte o que você estava fazendo antes de me ouvir te chamar?  — Por favor, não minta para mim! — Beto me perguntou, dando alguns beijinhos em meu ombro e cheirando os meus longos cabelos loiros.

Eu gelei, não tinha coragem de falar nada, eu fiquei em silêncio.

— Não precisa ter vergonha de mim. Só quero te ajudar! — dizia ele, tentando me deixar mais confortável.

O colo dele tinha começado a ficar um pouco desconfortável, eu estava sentindo o seu pau se pressionando contra a minha bunda. O volume de sua calça era tão duro quanto o próprio tronco em que eu estava me esfregando. Eu fui apoiando a minha mão na perna dele, tentando me ajeitar melhor, eu fui esfregando a minha bunda em seu colo, até que o membro de Beto se encaixou perfeitamente entre minhas nádegas.

Senti-lo dessa forma, era tão quentinho e gostoso que nem percebi que eu estava me pressionando ainda mais contra o colo dele, tentando sentir melhor o seu volume.

Beto percebeu que eu estava reagindo ao seu membro duro e mesmo assim eu continuava relutante em responder à sua pergunta.

 O sol já estava se pondo e Beto queria que eu me abrisse, que eu falasse a verdade. Ele tentava me instigar a confessar o que ele tinha visto.

— Sabe Bia, é bom a gente conversar! — Você está numa idade que vai precisar de alguém por perto, e você sabe que sou a pessoa mais próxima que você tem, não é? — dizia ele, sussurrando em meu ouvido, dando alguns beijinhos no meu pescoço que iam subindo em direção ao cantinho da minha boca.

— Deve saber do que estou falando, não sabe Bia? — ele sussurrou no meu ouvido, colocando suas mãos entre as minhas coxas que iam lentamente subindo.

— Ah, sim... eu sei... eu...

Eu sentia tanta vergonha, que só queria fugir dali.

— Eu converso sobre tudo com você, Beto pode confiar! — disse, me levantando do colo dele de uma vez e olhando em seus olhos.

— Está ficando tarde, deveríamos voltar pra casa... — falei sorrindo e estendendo a minha mão, chamando Beto pra irmos embora.

— Calma, Bia! Voltarmos por quê? — Pra você ter que lavar a louça? — Cozinhar? — Calma, não precisamos ter pressa. — Ele segurou nas minhas mãos, ainda sentado no tronco me puxou de volta para perto dele.

— Acho que isso vai te fazer sentir-se melhor! — disse Beto me surpreendendo com um beijo na boca. A sua língua foi adentrando a minha boca até nossas línguas se encontrarem.

Deixando-me levar pelo momento, eu acabei fechando os meus olhos, sentindo o beijo dele que era quente e molhado. Eu até tentava corresponder e acompanhar o Beto, mas eu era inexperiente. Quando as nossas línguas se tocaram, Beto chupou a minha língua. Na hora, eu senti lá embaixo criar vida e formigar; o meu beijo foi ficando apressado, desengonçado, eu comecei a quase engolir os lábios de Beto. Eu ia passando as minhas mãos em seus cabelos e me pressionando ainda contra ele, sentindo todo o seu corpo.

As mãos de Beto me seguravam me mantendo bem firme contra ele, com as nossas bocas coladas. Ficamos assim por um bom tempo, até que, quando paramos o nosso beijo, eu e Beto nos entreolhamos e sorrimos um para o outro.

— Loucura, né? — Mas não vou mentir! Eu gostei, Bia! — disse Beto, ofegante.

— Também não vou negar que eu já estava louco querendo fazer isso desde que cheguei aqui! Me desculpe se fui afoito, se eu não deveria, se é errado, ou pecado, sei lá! Mas agora está feito! — Ele dizia nervoso buscando saber o que eu achava disso.

Eu simplesmente corava enquanto olhava para o Beto.

Eu não tinha palavras.

Eu não era boa em processar sentimentos.

Eu estava em choque, ainda sentindo o sabor do beijo dele em meus lábios. Eu não sabia se eu deveria pedir desculpas ou se beijava ele de novo. Eu estava lá parada olhando os lábios dele que ainda estavam próximos aos meus.

Eu fiquei em pânico quando me toquei que... eu dei o meu primeiro beijo!

CARAMBAA!

Meu Deus, e se foi ruim? Será que eu fiz certo?

Levei as mãos ao rosto, com vergonha e pansando que talvez ele não tivesse gostado.

— Está tudo bem — falei baixinho.

— Só isso? Só um "tudo bem" Bia? — perguntou ele preocupado acreditando que fez algo errado.

 — Não queria te fazer mal. Me desculpe. — disse Beto sentindo o coração dele ficar apertado.

Eu não parava de olhar os lábios dele e, do nada, por impulso eu acabei beijando o Beto de volta, surpreendendo-o. Ele me correspondeu, me pegando no colo, enquanto eu ia enroscando as minhas pernas ao redor dele. Beto se levantou, me encostando sobre o tronco da árvore e passando a mão subindo pelo meu corpo até chegar nos meus seios.

Ele era vivido, tinha experiência, era namorador, e nesse fim de mundo, não tinha outras possibilidades de diversão, de garotas, e a mais próxima era eu, eu deixei de ser aquela menininha birrenta e comecei a despertar minha sexualidade quando estava me roçando naquele tronco.

A noite havia chegado, o local em que Beto e eu estávamos era afastado, escuro, não tinha possibilidade de sermos vistos. Beto começou a avançar um pouco mais, até para me testar. Ele apertava meus seios, a minha bunda enquanto ia me pondo no chão.

— Parece que tem algo me "cutucando" aqui! — falou Beto de maneira descontraída, colocando suas mãos discretamente na borda da minha blusa, percebendo os meus pequenos seios enrijecidos novamente.

 — Será que tem alguma coisa gostosa aqui embaixo? — sussurrou ele em meu ouvido.

Eu era inexperiente, me sentia um pouco perdida, sem saber o que fazer, em como corresponder ao Beto. Nunca tinha namorado antes, e nunca imaginei que o meu primeiro beijo seria com meu meio-irmão. Quando sinto o Beto me pondo de volta no chão e parando de me beijar, eu resmungo, sentindo a sua boca se afastar da minha.

— Hmm...

— Será que ele se arrependeu? — Pensei.

Mas ele me olhava safadamente, me perguntando “se eu tinha algo gostoso para mostrar para ele”, tocando a minha blusa.

Eu tinha medo dele não gostar de mim, de me achar sem graça, eu queria surpreender ele, então eu fui ousada, pegando a mão do Beto e a levando por baixo da minha blusa, até os meus seios, que eram pequenos a ponto de caberem inteiros na mão dele.

O toque de sua mão era um pouco áspero, por conta dos calos do trabalho duro na fazenda. Com o meu consentimento, Beto foi tateando o meu pequeno par de seios, que eram firmes e durinhos. Ele foi bolinando suavemente meus biquinhos com seus dedos grandes, massageando e sentindo o meu volume que facilmente cabiam em suas mãos.

Ele tocava os meus seios olhando nos meus olhos.

— Gosta, Bia? Gosta que eu te toque assim? — perguntava ele, ainda preocupado.

Eu simplesmente balanço a cabeça que sim enquanto as minhas pernas tremiam.

— Não vai mesmo me dizer o que fazia antes da minha chegada? — insiste Beto beijando suavemente os meus lábios.

— Que droga! — Se ele está me perguntando de novo, é porque ele viu. Como vou explicar aquilo? — Penso.

Eu apenas respondo baixinho.

— Você sabe o que eu estava fazendo, Beto. — coro.

— Se você quiser fazer uma visita ao meu quarto bem de noitinha, quando seus avós já estiverem dormindo, você pode ir! — Talvez eu tenha algo ainda mais interessante do que esse tronco de árvore para você roçar! — me provoca ele.

Eu me sinto ofendida com a proposta dele. Jamais faria algo do tipo. Ele deve estar achando que sou mais uma dessas paquerinhas dele. Que eu realmente iria ao quarto dele no meio da noite? Ele está enganado se pensa que sou igual às garotas com quem ele ficava. Beto nunca namorou ninguém, nunca quis nada sério e eu que não iria ser só mais uma de suas conquistas.

Penso também em como algo entre mim e o Beto não poderia acabar nada bem. O que ele poderia me oferecer? Seu amor? Ele sequer poderia se casar comigo. A minha ficha caiu, e fiquei triste com o pensamento de que jamais Beto poderia me assumir. Nunca poderíamos ser vistos juntos. Eu acabei voltando para a realidade, nua e crua. Dei um passo para trás, pondo uma certa distância entre nós.

— Eu não sou uma das suas conquistas baratas, Beto. — falei com raiva.

Beto deu um passo em minha direção e eu recuei.

— Calma, calma, Bia. — disse ele, me segurando pela mão.

— Você sabe que eu gosto de você, sempre te respeitei. — Eu não penso isso de você. 

— Sabemos que não é certo, que somos meios-irmãos Bia. Mas, olhe ao seu redor, qual a perspectiva que nós teremos aqui? O papai e a mamãe se foram, seus avós já estão com certa idade, no final só teremos um ao outro. Me dá uma chance vai. O que me diz? Quero que me responda com sinceridade!

Eu olhei para ele, tentando segurar as lágrimas. Ele tinha razão, nossa situação era complicada. Nós éramos tudo um para o outro agora.

— Eu entendo o que você está dizendo, Beto. — murmurei, sentindo um nó na garganta. — E você está certo, somos só nós agora. O que é apenas mais um motivo pra gente não destruir a relação que temos. Acho que isso destruiria a gente Beto.

Ele apertou minha mão, seu olhar intenso fixo no meu.

— Pode parecer estranho, errado, pecado, seja lá o que você está pensando, Bia, mas não tenta fugir de mim. — Eu jamais deixaria isso destruir a gente, eu não quero te perder, Bia. Se você quiser parar aqui, eu paro — É isso que você quer? — disse ele suavemente.

Eu assenti com a cabeça, falando para mim mesma que isso era a coisa certa a se fazer, mesmo que meu coração estivesse em pedaços.

— Sim, Beto. — falei com os olhos cheios de lágrimas.

Roberto foi abrindo lentamente os dedos  até minha escapulir de dentro dos seus dedos. Eu me virei indo embora pra casa e deixando Beto para trás.

Quando cheguei em casa fui passando pela minha avó igual um furação, nem respondi nada pra ela. Apenas cheguei e me joguei na cama, com o coração apertado, naquela noite eu demorei pegar no sono, pensando naquele maldito beijo, eu pensei em Beto a noite inteira, fiquei repetindo o nosso beijo em minha mente, de novo e novo. Tentando entender o que eu estava sentindo e processar o que aconteceu.

Vocês estão redondamente enganados se acham que a nossa história terminou por ali.

"O destino é uma cadeia de eventos, formados por nossas escolhas e acasos."

Continua...


Atenciosamente,

Uma Escritora Concupiscível.

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